CAMISA DE VENUS
Grupo vocal e instrumental de punk rock formado em Salvador (BA) em 1980. De acordo com Marcelo Nova, o critério de escolha do nome do grupo foi o de designar algo 'incômodo e desagradável como o som do grupo'. Com influências dos grupos punks ingleses, tais como Sex Pistols, the Clash, The Jam e The Damned, e de Raul Seixas, o patrono do rock na Bahia, o grupo iniciou sua carreira em 1982, apresentando-se em Salvador no show intitulado "Ejaculação precoce". O show provocou tanta polêmica que o jornal soteropolitano "A Tarde" fez campanha para que a censura vetasse tanto o nome do grupo, como também o do espetáculo. Porém, tal polêmica acabou promovendo o grupo, que, no ano seguinte, lançaria seu primeiro compacto pela Fermata. Uma de suas músicas, "Meu primo Zé", acabou sendo bem executada não só na Bahia, como também na Região Sudeste. Em 1983, com apenas um compacto lançado fizeram show para 20.000 pessoas em Salvador. No mesmo ano lançaram pela Som Livre o primeiro LP, que, além de "Meu primo Zé", trazia as composições "Bete morreu" de Marcelo Nova e Robério Santana e "O adventista" de Marcelo Nova e Karl Hummel, além das versões "Passatempo", da música "That's entertainment", do The Jam, e "Negue", um clássico da música popular brasileira de autoria de Adelino Moreira e Enzo Passos, que na versão do grupo ganhou um formato punk rock. Apesar do sucesso, a gravadora decidiu que o grupo teria de mudar de nome, pois o achava por demais agressivo e anticomercial. Como a banda não aceitou, o contrato foi rescindido e o grupo ficou dois anos sem gravadora, apresentando-se apenas em shows. Somente em 1985 assinou contrato com a RGE, que no mesmo ano relançou o primeiro disco e lançou outro, com canções inéditas, chamado "Batalhão de estranhos". O maior sucesso do disco foi "Eu não matei Joana D'arc", de Marcelo Nova e Gustavo Mullen, tendo também como destaque uma versão de "Gotham City", música de Jards Macalé e Capinam, "Casas modernas", de Marcelo Nova e Gustavo Mulle e "Lena", de Marcelo Nove e Karl Humel. No ano seguinte, gravou no Clube Caiçara, em Santos (SP), seu primeiro disco ao vivo: "Viva". O maior sucesso do disco foi "Sílvia", acompanhado pelo indefectível coro da platéia gritando "piranha". Ainda em 1986, trocou a RGE pela WEA, que no mesmo ano lançou o LP "Correndo o risco", cujo maior sucesso foi "Simca Chambord", Marcelo Nova, Miguel Cordeiro, Gustavo Mullen e Karl Hummel. Também destacou-se a composição "Deus me dê grana", de Marcelo Nova, Karl Hummel e Gustavo Mullen. No mesmo disco o grupo fez uma versão para "Ouro de tolo", de Raul Seixas". Em 1987, lançaram "Duplo sentido", álbum duplo cujo lado D apresentou apenas covers, entre os quais "Enigma", de Adelino Moreira, "Farinha do desprezo", de Jards Macalé e Capinam, "Aluga-se", parceria de Raul Seixas com Cláudio Roberto, e "Canalha", de Walter Franco. O disco contou com a participação especial de Raul Seixas na faixa "Muita estrela, pouca constelação", de autoria de Raul e Marcelo Nova. O álbum vendeu 40.000 cópias e foi o último dessa primeira fase do grupo. Com o fim do conjunto, Marcelo Nova formou o grupo "Envergadura moral" e gravou com seu ídolo Raul Seixas o disco "A panela do diabo". Neste mesmo disco, a música "Último tango", de Marcelo Nova, Karl Hummel e Gustavo Mullen foi proibida pela censura de ser executada publicamente. A banda só viria a se reunir novamente em 1995, com Luís Sérgio Carlini no lugar de Mullen, Franklin Paolillo, no de Boitatá, e com o tecladista Carlos Alberto Calazans. Nessa segunda fase o grupo já lançou dois CDs, ambos pela Polygram. Em 1997 foi lançado o CD "Quem é você", marcando o retorno da banda, trazendo entre outras composições, uma versão de "Radinho de pilha", sucesso de Genival Lacerda e "Don't let me be misunderstood", do grupo de rock inglês The Animals. Trazia também a faixa título, "seu jeito de olhar" e "O ponteiro tá subindo", todas com autoria de Marcelo Nova.
Muito bom parabéns não tinha pensado nisso
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