segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

HERÓIS DO DIA


HERÓIS DO DIA

O Heróis do Dia foi formadono início de 86. Surgiu da fusão de duas bandas conhecidas na época, o Burguesia Decadente e o Gestapo
Em 1987 gravaram o LP Traçado a Giz e lançado em 1988.
Após três anos na estrada do Underground, com apresentações em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, o grupo chegou ao fim

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

RÁDIO TÁXI


RÁDIO TÁXI


Radio Taxi é uma banda de pop rock criada no início da década de 1980, em São Paulo, Brasil. Ela foi formada por ex-integrantes do Tutti Frutti, banda de apoio da cantora Rita Lee, e dos Secos e Molhados: Wander Taffo, Lee Marcucci, Gel Fernandes e Willie de Oliveira (substituído por Maurício Gasperini após o lançamento do álbum Radio Taxi 2 em 1983). Um dos maiores sucessos da banda foi a música "Eva", posteriormente regravada pela Banda Eva, da qual fazia parte a cantora Ivete Sangalo, na década de 1990. O Rádio Taxi permanece em atividade nos dias de hoje.
No Brasil foi marcado pela invasão do Rock e o Rádio Táxi foi a 1ª das bandas de Rock a mostrar a o que seria só início de de um cenário musical com muitas e muitas bandas que viriam a fazer Rock nos anos 1980. O Radio Táxi surgiu no ano de 1981. Na época, o filme “Menino do Rio” era lançado nos cinemas do País, tendo a música “Garota Dourada”, uma parceria de Wander Taffo, Lee Marcucci e Nelson Motta - como tema principal. A música, que logo estourou nas rádios, foi o primeiro sucesso do Rádio Táxi.

CONEXÃO JAPERI


CONEXÃO JAPERI


O humor negro do psychobilly e a energia sexual do rockabilly se casam no som da Grande Trepada, ou Big Trep para os castos. A presença de Léo Pornô (vocal), mais o baixo de Eddie Bopper Bati, a guitarra de Mauk Shake e a bateria de Neri Jack Holla´s dão o tom perfeito para uma transa no cemitério. E um perigo convidá-los para abrir shows, pois geralmente apagam a atração principal. Mixando elementos de cinema, rádio e TV, aliados a modernos aparatos eletrônicos e uni certo clima de cabaré, o trio Saara Saara - com Sérvio Túlio (vocal e vinhetas), Raul Rachid (teclados) e Luiz Eduardo (guitarra e computador rítmico) - pode ser definido como uma loucura multimídia tecnológica e ilógica. Os shows são memoráveis e a fita demo que rola na Fluminense FM já é um hit. Quem quer balanço e furik do melhor tem no Conexão Japeri (ex-Expresso Realengo) uma ótima opção. Também, o que se poderia esperar de uma banda que tem Ed Motta, sobrinho e herdeiro de Tim Maia, nos vocais? Ed faz jus ao parentesco, e seu grupo - Luís Fernando (guitarra), Marcelo Pereira (bateria), Zé Rodrigues (baixo) e Fran Bouéres (percussão) - não deixa por menos. E se eles incluírem uns metais...

HARRY



HARRY


Talvez seja a proximidade com o porto de Santos que explique tudo, talvez não. O fato é que o Harry não está nem um pouco preocupado com a música brasileira, da bossa-nova às suas manifestações menos populares. Hansen, o guitarrista/vocalista, é sumário neste ponto: "Qualquer coisa que se faz lá fora - de parafuso a pasta de dentes - é melhor". E conclui, com lógica irrefutável: "A música também".
A comparação com produtos fabris não é gratuita. Entre os prediletos da banda (Denise, vocal; Johnson, baixo/teclados/vocal; e Cesar, bateria/vocal) estão alguns dos grupos mais importantes entre o que se convencionou chamar de rock industrial, do patriarca Kraftwerk ao Cabaret Voltaire. A essas influências somam-se outras tão intensas como o grupo americano Chrome (cultores do pesadelo em ritmo de ficção científica) e o cavernoso Nick Cave. E com essas convicções eles foram à luta.
Deram alguns shows em Santos, outros em São Paulo. No fim de 86, procuraram a Wop Bop - mais uma loja de discos de São Paulo que parte para os lançamentos independentes, e que tinha acabado de realizar o primeiro: o mini-LP do Violeta de Outono. O resultado é que o segundo lançamento da Wop Bop Discos será o mini-LP do Harry.
São quatro músicas que, como define Hansen, "embora tenham elementos experimentais, têm linhas melódicas que tendem para o pop" - O vocal é cheio de efeitos, os teclados criam climas claustrofóbicos - e são usados sem economia -, a guitarra é distorcida e áspera.
Muitas das canções da banda têm letras em inglês, o que garante ao Harry que se o Brasil se mostrar tão cruel para eles quanto eles se mostram para o país - pelo menos seu idioma é o idioma universal do rock.

DISTÚRBIO SOCIAL


DISTÚRBIO SOCIAL


As bandas de garagem continuam a proliferar no Rio, fornecendo matéria-prima para a nova fornada do rock. Uma já está pronta para voar mais alto: é a Distúrbio Social. A banda é composta por Ian Chermont nos vocais, Maurício Mendes na guitarra, Rafael Braga no baixo e André Jacques na bateria, amigos de colégio e praia. Depois de formada, no início de 85, sua primeira apresentação foi na extinta boate Ilha dos Mortos. De lá para cá, esgotaram o escasso circuito das danceterias e boates cariocas. Não se preocuparam ainda em gravar um disco, embora já tenham um repertório pronto. Pelo nome, a Distúrbio Social poderia sugerir uma banda punk. É certo que eles têm influências do punk rock, pois isso é a própria essência das garage bands. As letras tanto tratam de temas político/sociais - e Ian justifica: "A vida hoje em dia é um distúrbio total" - quanto de coisas mais introspectivas. Musicalmente estão começando a desenvolver os acordes básicos. Os shows são curtidos por carecas, uêives, deprês e heavies. "Não queremos rótulo nenhum. Somos pós-vanguarda malandrix", diz Ian com bom humor. Entre as músicas que circulam pelas rádios alternativas do eixo Rio-São Paulo, as mais executadas são "Egocentrismo" e "Papel Final". A banda tem uma nova demo-tape, que inclusive foi enviada à Polygram, mas até agora eles não receberam respostas. Líder na banda não há, todos são livres para opinar. Nesse ponto, não há qualquer tipo de distúrbio.

CRIME


CRIME


"É importante frisar isso aí: a gente é uma banda de moleques para moleques". Rogério, o vocalista do Crime é quem faz esta declaração num tom inequívoco de molecagem. Mas o papo é sério, tanto que eles já assinaram com a WEA. "Nós mandamos uma fita caseira - penduramos o microfone no teto e gravamos num tape-deck normal - aí o Peninha ouviu e gostou". Além de Rogério, o Crime é cometido por Abutre na bateria, Otávio - ou Fantasma - no baixo e Magui na guitarra. São todos mais ou menos vizinhos, moradores do Caxingui - bairro de classe média de São Paulo -, que tinham o mesmo denominador comum. Gostavam muito de ouvir rock, sabiam músicas de cor, enfim, daí para montar uma banda é um pulo. Sem muitas idéias, sem grandes influências do rock mais cerebral, mais conceitual mas identificando-se com a garra do punk, Stones, Clash, Who. Rogério define: "O que a gente faz é rock rock, rock and roll, true rock". O Crime resolveu corromper a molecada antes de percorrer a via crucis do que eles chamam de underground oficial. Tocaram em barzinhos de amigos, escolas e até na rua, na Boca do Lixo. "Dá mais segurança saber que a molecada gosta da gente. Depois, se os críticos falarem mal, a gente não está nem aí", explica Rogério. A idéia do nome vem das leituras de Aldous Huxley e Max Stiner - teórico do anarquismo. As leis são feitas para a manutenção da sociedade tal como ela está, portanto, "tudo o que for decente será um crime". As letras refletem esta preocupação crítica em relação às instituições: "Não leio jornal/ não ouço o meu pai/ governo que cai". Este Crime deve compensar.

EXPRESSO ORIENTE



EXPRESSO ORIENTE


A banda Expresso Oriente atravessa o deserto. O que a move? Pergunte ao rapaz tímido de óculos, pai, viúvo e parte do show. Ele é o cantor, compositor e guitarista Julio Reny. Sua experiência musical começou há dez anos, via pesquisas/furtos de discos recomendados pela revista Pop (lembram?). Barra pesada, juventude transviada, polícia, drogas e rock´n´roll. Todos os ingredientes para um sucesso de bilheteria.
O Expresso Oriente chegou ao Saara após fracassadas paradas anteriores. Algumas famosas. A banda Km Zero implodiu quando o guitarrista Edu K entrou para o DeFalla e Julio foi convidado pra ser vocalista na Urubú Rei. Urubú Rei implodiu porque nasceu antes da hora. "Seria uma cult band, hoje", avalia Julio. Era por demais inglesa e as menininhas Fiorucci ainda não tinham começado a andar vestidas de negro. Assim, após seu enterro, as cordas do grupo (Castor, guitarra; Flávio Santos, baixo) acompanharam Julio num encontro com a cozinha da Km Zero (Renato G., irmão de Julio, bateria; Fred Lamachia, percussão).
O que se escuta não é um trem desgovernado. A noite está clara, a lua está cheia. E a música quase conforta. "Sonhos são manequins em vitrines/ ... Não chore Lola/... Você vai comprar um vestido novo/ Vai mudar o penteado/ Vai fumar outro cigarro/ Mas o que importa é a cama vazia/ O filme sem ilusões."
Música redonda, mix de porradas culturais. Bossa-nova distorcida num juke box. Pop inglês contrabandeado por um imigrante caribenho ilegal. Amor caliente, saleroso. Morte urbana, melancólica. Um som nada morno. Na solidão do Saara. Porto Alegre.

VZYADOQ MOE



VZYADOQ MOE


Quem são?" Isso era uma mistura inspirada no expressionismo alemão e na poesia dadaísta, usando latas como bateria e percussão, e um vocal antivocal, fora do ritmo. Eles vêm de Sorocaba, interior de São Paulo, e são o Vzyadoq Moe.
Nossos ouvidos não mentiram. Apesar de terem montado o grupo há apenas sete meses, esses garotos (15 a 17 anos) já têm seus caminhos muito bem definidos. "Queremos chegar à Europa. Tem muita gente que acha que banda nacional não presta. Queremos mudar isso. Temos condições de arrebatar o cetro de Londres. Lá está tudo morto! As únicas coisas novas e que realmente prestam são Smiths e Jesus and Mary Chain", dizem praticamente em uníssono.
E aqui? "Mercenárias, Akira S & as Garotas que Erraram, Cabine C, Chance e Fellini", concordam. Orlak acrescenta: "Mercenárias estão acima dos outros". "Mas o Vzyadoq está acima de tudo", conclui Fausto.
O nome foi feito à base de sorteio de letras. No mais, minimalismo e preocupação de não parecer com nada. "Virou até paranóia. Descartamos muitas músicas, porque achamos que pareciam com alguma coisa. Além disso, o que torna o som característico é o fato de todos os instrumentos estarem direcionados para a idéia da banda, e não o contrário", vão completando um após o outro.
Edgard (baixo), Fausto T. (vocal e letras), Orlak (guitarra), J. Calegari Jr. (guitarra) e Marcos (percussão) não estão sendo arrogantes. O Vzyadoq é diferente, é novo, é demente, é idéia pura. Que venha o vinil para que todos possam conferir.

KALI



KALI


Kali, na Índia e em algumas regiões da África, é a deusa da renovação, da transformação e da proteção à mulher que trabalha. Não se sabe de nenhum culto a Kali no Brasil, mas existe um grupo feminino de música instrumental que resolveu pegar emprestado o nome da deusa.
"Dizem que ela tem um lado ruim de destruição para chegar na transformação. Mas a gente não vai por aí, fazemos uma música com astral mais para cima", avisa a guitarrista Renata.
O Kali já existe desde 82, mas só há dois anos está com a formação atual - além De Renata , tem Mariô nos teclados, Gê no baixo e Vera na bateria.
As quatro já se conheciam de shows em bares e da época em que estudavam no clam (escola montada por Zimbo Trio). São todas apaixonadas pela bossa nova e pelo jazz, tanto é que o primeiro LP do grupo, lançado em janeiro pelo Som da Gente, caminha bem por este lado. Mas elas não gostam de rótulos.
É Renata quem explica: "É uma mistura. Podem até chamar de jazz, o que no final das contas é sinônimo de improvisação e criação. Trabalhamos com música instrumental".
Isto não impede que o grupo tenha caminhos paralelos. Atualmente, Gê, Renata e Vera fazem parte da banda que acompanha Ritchie. Mariô só não foi porque está grávida.
"Mas a prioridade é o Kali", avisam. "Queremos fazer um trabalho instrumental mais acessível, alegre e bem-feito. Não uma coisa de elite."

BIA SIHON


BIA SIHON


O quinteto paulistano de estranho nome é formado por Yve Martins (contrabaixo), Lui Brunner (guitarra), Valério Câmara (teclados), Fasca (bateria) e Mire (vocal). Era ainda cedo para a banda estrear, mesmo que num mini-LP de seis faixas como este. A interpretação de Mire é cool, afinada. Os arranjos têm lá seus achados de fusion. Tudo, porém, soa imaturo. As letras hesitam entre intimismo e banalidade.

DORSAL ATLÂNTICA


DORSAL ATLÂNTICA


No início da banda em 1981 tinha o nome de NESS e depois mudaram para Dorsal Atlântica quando Carlos Vândalo Lopes abriu ao acaso uma enciclopédia e viu o nome Dorsal Atlântica e o adotou. A Dorsal Atlântica em suas músicas que retratam a realidade do Brasil, e temas diversos porém sempre reais como as músicas Joseph Mengele e Vorkuta do álbum Antes Do Fim.
Teve seu primeiro registro em um álbum split Ultimatum em 1984, com a banda Metalmorphose, outra banda carioca de heavy metal,nessa época faziam um som mais calcado no heavy metal Tradicional com influencias de speed metal, músicas cantadas em português com letras marcantes, como Império de Satã (ao contrario do que se pensa por aí não aborda satanismo, e sim a situação política do Brasil), Princesa do Prazer e Armagedom.
Em 1986 Dorsal Atlântica lança o Antes do fim seu primeiro álbum exclusivo com mais influencias de hardcore, a filosofia da banda era unificar metal, punk e hardcore, sonora e ideologicamente, e foi possivelmente a primeira banda a fazer isso abertamente na América Latina. Com som do metal, as letras punks, e as linhas de vocais hardcore, o Antes do Fim foi um pioneiro no Metal Extremo Brasileiro, um disco de death metal fortemente influenciado por bandas como Sodom, Hellhammer e Slayer. Músicas como Caçador da Noite, Vorkuta, Joseph Mengele, Álcool e Morte aos Falsos são consideradas clássicos do Metal Brasileiro.
Depois de Antes do Fim o segundo álbum da Dorsal foi Dividir e Conquistar lançado em 1987, lançado pela gravadora carioca [[Heavy] (que também era loja / selo). Foi um álbum bastante premiado que permitiu uma turnê pelo país. A Dorsal abriu para bandas internacionais como Exumer, Venom, Motörhead, Exciter Nasty Savage e outros, foi a primeira banda no Brasil a fazer uma turnê do norte ao sul do país com o Sepultura abrindo os shows. Nesse álbum a banda mostra uma sonoridade mais trabalhada com mais solos, Tortura, Vitória e Lucrécia Bórgia estão entre as principais músicas desse disco.
Em 1990 a Dorsal Atlântica lança o Searching for Light e começa a compor em inglês. Esse disco conta com uma produção superior aos anteriores, porém não agradou tanto ao público brasileiro que preferia os anteriores por serem cantados em português e também por serem mais extremos.
A banda ainda lançou, após o Searching for Light, mais 5 álbuns. E durante sua trajetória enfrentou muitas dificuldades, com gravadoras e com a desunião do público no underground.
Em 1998 participam do festival Monsters of Rock, e a participação da Dorsal deveu-se a um abaixo-assinado que contou com mais ou menos 40 mil assinaturas.
Em 2005, Carlos Lopes decidiu fazer uma regravação do Antes do Fim, chamada Antes do Fim... Depois do Fim

MUTILATOR


MUTILATOR


Os mineiros do Mutilator foram influenciados, desde o início, pelas bandas de black e death metal, além do hardcore. Mas com o passar do tempo eles exploraram novas sonoridades, tendendo para músicas mais trabalhadas e de menor velocidade. Juntos desde o segundo semestre de 85, Magu (guitarra solo), Rodrigo (bateria), Ricardo (baixo) e Kleber (guitarra base e vocal) participaram da coletânea Warfare Noise, lançada pela Cogumelo Discos de Belo Horizonte no ano passado. Enquanto não saía a coletânea, o Mutilator fez uma série de apresentações pelo interior de São Paulo e Minas Gerais, abrindo shows de outras bandas como, por exemplo, o Sepultura. Logo após o lançamento desse disco (no início de 87), eles entraram em estúdio para gravar um LP próprio, o Immortal Force, lançado em junho deste ano. Com ele, o Mutilator firmou sua posição e ganhou um grande número de fãs pelo Brasil. Eles são a segunda banda mineira a chamar a atenção do mercado exterior, depois do Sepultura.

PLATINA


PLATINA

No início da década de 80 três jovens acabam por se conhecer. Eram eles Daril Parisi (Guitarra), e os irmãos Andria (baixo) e Ivan Busic (bateria). Embalados pelas grandes bandas da época como: Black Sabbath, Uriah Heep, Kiss, Rush e outras, decidiram montar uma banda cujo nome seria Prisma. A banda costumava se reunir nas horas vagas para compor e ensaiar. O power trio mais tarde se tornaria um quarteto com a integração do vocalista Sergio Semam, o assim chamado “Anjo Loiro”. Juntamente com essa alteração o Prisma muda seu nome para Platina. Já bem estabilizada em sua formação e estilizando-se do mais nobre metal em julho de 1984 o Platina grava o seu LP pela Baratos Afins (maior incentivadora do Rock brasileiro) lançando em janeiro de 1985. Em suas apresentações, a banda exibiu virtuosismo, excelente entrosamento entre os músicos, além de um visual policrômico envolvendo um clima de energia e sensualidade. Seu sucesso foi inevitável, as composições sempre transmitindo uma mensagem positiva, com um distinto vocabulário, eram solicitadas freqüentemente nas rádios como a Imprensa fm e a 97,7 no programa Rocambole o qual era de grande audiência. Tanto suas músicas quanto os jingles não se limitavam apenas às rádios, mas também alcançaram sucesso em grandes emissoras de televisão como as redes Gazeta, Record e Bandeirantes, com destaque aos programas Banana Rock e Highway uma estrada para o rock. O fim da banda, infelizmente, ocorreu devido a diferenças de ideais entre os músicos que decidiram por trilhar caminhos diferentes.

TAURUS



TAURUS


O Taurus é um quarteto carioca formado em 85. Durante o primeiro ano de existência eles conseguiram fazer alguns pequenos shows e gravar duas demos. A proposta para um LP pelo selo Point Rock (RJ) surgiu com a segunda demo. Signo de Taurus foi gravado em julho de 86 e impulsionou o grupo para uma posição relativamente boa no cenário do heavy nacional. Formado por Jeziel (vocal, guitarra base), os irmãos Cláudio (guitarra solo) e Sérgio Bezz (bateria) e Jean (baixo), o Taurus é a única dessas bandas que se define dentro de um estilo metal (as outras se recusam a dar rótulos para seu trabalho), se autointitulando "power-speed". Bastante influenciados por Metallica, a ênfase do som do Taurus recai sobre as guitarras de Cláudio e Jeziel. Atualmente eles se preparam para lançar o segundo LP, que deverá sair em maio de 88, inclusive no exterior. Como lamenta Jean, em relação ao heavy metal: "Existe uma barreira entre o Brasil e o mundo. Nós vivemos o presente e o Brasil não nos diz nada quanto a isso - o presente eestá lá fora".

KORZUS


KORZUS


Korzus é uma banda brasileira de thrash metal formada em 1983 em São Paulo. É uma das mais tradicionais bandas de thrash metal do país, juntamente com o Sepultura tem grande repercussão no exterior.
No início a banda fazia letras em português, passando a compor em inglês a partir do EP de 1989, o "Pay For Your Lies".
Em 1998 participou do festival Monsters of Rock em São Paulo tocando junto com Dorsal Atlântica, Saxon, Glenn Hughes, Savatage, Manowar, Dream Theater, Megadeth e Slayer cuja apresentação foi gravada e lançado em CD no ano 2000.
Em 2007, Marcelo "Soldado" Nejen é convidado a substituir temporariamente Silvio, que se encontra em tratamento do braço esquerdo, devido a uma fratura de anos atrás. Atualmente, Antônio Araújo (ex-guitarrista e vocalista da banda de trash/death metal pernambucana "Caosphere") é o novo guitarrista do Korzus. De acordo com a crítica especializada, é um exímio guitarrista que se encaixa perfeitamente com a nova fase da Banda.

A CHAVE DO SOL


A CHAVE DO SOL


Chave do Sol, não é mais uma banda a se lançar no Rock brasileiro, trata-se na verdade de sua mais excitante promessa. Sua música vibrante une várias tendências do rock, tais como:progressivo, blues, jazz rock, heavy metal, hard rock, entre tantas. A Chave do Sol, iniciou suas atividades em setembro/82 tocando em bares de São Paulo, alguns shows esporádicos em colégios e no interior do estado. Quatro bombásticas apresentações no programa "A Fábrica do Som" da Tv Cultura, bastavam para que A Chave do Sol conseguisse obter uma enorme legião de fãs. Além do excepcional apuro técnico de suas composições, o grupo se preocupa com a performance em palco. Assistir a um show deste grupo é sentir o que há de mais extraordinário no gênero.
Os Componentes: Rubens: (Rubens Gioia) - Guitarrista de estilo pesado. Toca com garra e expontaniedade. José Luiz: Baterista aficcionado por música instrumental e jazz rock, busca em sua criação novos ritmos baseados no gênero. Tigueis: (Luiz Antonio) - Baixista, mostra-se versátil em seu instrumento, usando todos os pontos do palco. Além de baixista da Chave do Sol, Tigueis atua num importante grupo paulista na área da sátira e humor: o Língua de Trapo. Este primeiro trabalho do grupo apresenta as músicas Luz de Tigueis que conta com a participação especial de Soraia e Rosana nos vocais, e 18 horas de Rubens, J. luiz e Tigueis, um tema instrumental com destaque de solos de guitarra, baixo e bateria. A Chave do sol espera ser este compacto um passo decisivo para o lançamento de seu futuro lp. O registro de seu talentoso trabalho pode ser comprovado neste lançamento da Baratos Afins.

NENHUM DE NÓS


NENHUM DE NÓS


Sady Homrich e Carlos Stein se conheceram nos tempos da primeira série escolar, mais tarde, na quinta série, conhecem Thedy Corrêa. Tudo isso no colégio lasallista Nossa Senhora das Dores, na rua Riachuelo em Porto Alegre. Ali, bem perto do Theatro São Pedro, onde os garotos nem imaginavam, viveriam momentos importantes da futura carreira.
Thedy ganhou um violão aos quatorze anos, foi aluno de violão clássico do professor Afrânio. Carlos, com quinze anos, comprou sua primeira guitarra , juntamente com seu irmão, Thedy e outro amigo em comum formam um grupo folk batizado de Quarteto Jererê.
Na faculdade, Carlão foi um dos fundadores do grupo Engenheiros do Hawaii. Depois de dois shows, saiu para formar uma banda com os amigos Thedy e Sady, sendo que este tinha na faculdade um grupo de samba-de-raiz chamado "Grupo do Fadinho". Após decidirem formar a banda, Sady começou a ter aulas de bateria com o professor Thabba. O "bat-local" do ensaio era a garagem da namorada de Thedy e contava com: uma bateria improvisada, uma caixa emprestada, um violão convertido fazendo a vez de contra-baixo e uma guitarra (sim, a guitarra era de verdade, o que não evitava as pedras jogadas pelos vizinhos). Depois de algum tempo, ensaiavam quase todas as tardes no bar Bangalô, onde Sady trabalhava como músico.

O espetáculo de lançamento do trio com o nome Nenhum de Nós foi no mesmo bar com um público de umas 80 pessoas entre amigos e parentes. Precisavam de um nome para a apresentação. Eles buscavam um nome que provocasse curiosidade e que denotasse algo em comum entre os três: Nenhum de Nós enxerga direito; Nenhum de Nós rodou na escola; Nenhum de Nós foi para o quartel" etc. De tanto se repetir ficou este o nome: NENHUM DE NÓS.

WANDER TAFFO


WANDER TAFFO


Com carreira iniciada com a banda Memphis em 1973[1], Wander fundou a banda Rádio Táxi, que fez muito sucesso com a música "Eva" em 1983.[2] No final dessa década, Wander deixou o grupo e passou a fazer carreira solo, junto com os irmãos Andria e Ivan Busic, lançando o disco Wander Taffo, produzido pelo produtor musical Liminha. Chegou a receber o prêmio Sharp de Música na categoria "Revelação Pop Rock Masculino" por um solo gravado em Los Angeles, em 1989. No ano seguinte, foi eleito melhor guitarrista do Brasil pela crítica especializada.[3] Com Marcelo Souss nos teclados, formou-se a Banda Taffo, que teve sucesso com seu disco Rosa Branca.
Wander participou ainda de diversos discos: Marina Lima, de 1991, Cássia Eller, de 1994, Clássicos, de Guilherme Arantes, de 1994, entre outros. Em 1996, lançou seu terceiro disco solo, Lola, que teve a música "Sempre Junto de Você" na trilha sonora da novela O Amor Está no Ar, da Rede Globo.
Em julho de 1997, Taffo abriu o IG&T (Instituto de Guitarra e Tecnologia). Assim, paralisou seus projetos musicais, dedicando-se exclusivamente ao projeto. A escola, hoje conhecida como Escola de Música & Tecnologia (EM&T), une alta tecnologia a um centro de conveniência nos moldes do GIT de Los Angeles (Estados Unidos), algo inédito na América Latina, de onde é considerada a melhor escola musical.[4] Em apenas um ano de funcionamento, o IG&T atingiu mil matrículas. Já os irmãos Busic hoje estão no Dr. Sin.
Em 2006, Wander voltou com a sua ex-banda Rádio Táxi, que lançou um DVD marcando a volta da banda. Ele planejava ainda a volta da banda Taffo para julho de 2008, mas esse projeto foi interrompido por sua morte. Wander Taffo faleceu na manhã de 14 de maio de 2008 em decorrência de parada cardiorrespiratória.[

CASCAVELETES



CASCAVELLETES


Um bom pai jamais deixaria sua filhinha ir a um show dos Cascavelletes. Eles são a novíssima geração do rock gaúcho, e seus detratores os distinguem à distância: os Menudos pornôs com uma batida Chuck Berry". A canção "Mens-truada" já é um hit, especialmente entre o público feminino. "Tá mens-truada/ Mas mesmo assim/ Eu vou transar."
Os integrantes da banda são Nei Wulff (guitarrista e vocalista), Basso (baixo, vocal) - que com Nei completa a metade dissidente do TNT -,Alex Barea (bateria), ex-integrante da banda power metal Pesadelo, e Frank Jorge (guitarra, vocal), ex-Prisão de Ventre, último a se juntar ao grupo e também o mais velho integrante: 20 anos (os demais têm 18 e 19).
A principal influência são os Beatles - especialmente na harmonização vocal - e a Jovem Guarda. No entanto, em determinadas músicas dá até pra ouvir AC/DC na bateria, embora você jure que o resultado é punkabilly. E que Pistols, Stray Cats e aquela saudável turma dos anos 50 fazem parte da matéria. E os Cramps estão entre os deveres de casa. Porém, o forte do repertório são mesmo as baladas porno-infantis.
Eles já gravaram 14 canções, sem o aval de nenhuma gravadora, e estouraram como o grupo mais popular deste verão em Porto Alegre. A censura, se percebesse, diria alguns palavrões. Imagine ir num bar beber uma cerveja ingênua e escutar "Quero te estuprar com muito carinho/ Por causa da dor".
Nenhum deles tem namorada, claro. São machistas? Não mais que Little Richard. Na verdade, mente alguém muito inocente cantaria roquenrol cheio de "insinuações" pornográficas absolutam explícitas. Yeah!

LUNI



LUNI


O núcleo do Luni (Fernan.do Figueiredo, Natália Barros e André Gordon) veio de um grupo de teatro e performance, o XPTO. Theo Werneck é artista plástico, Mansa Orth é atriz e Gille Eduar e Lloyd Bonnemaíson são franceses e os únicos músicos de fato. Pessoas de áreas e formações tão díspares que se juntam para fazer uma banda... ou dá samba de crioulo doido ou fica muito interessante. O Luni está incluído, sem dúvida, neste último caso.
"Foram pessoas que se juntaram porque tinham uma coisa em comum, que era essa vontade de estabelecer uma relação mais flexível e agradável com a música, sem aquela coisa de formalizar um repertório e ficar um tempão só tocando aquilo", conta Fernando. A flexibilidade também é uma característica da formação da banda - todos se alternam nos vocais, teclados e percussão. A única exceção é o duo de saxofones, sempre executado por Guie e Lloyd.
No show, o elemento teatral e humorístico é a primeira coisa que atrai, mas, passados os primeiros ataques de riso, a música mesmo é que é o forte. "Nós temos a preocupação de montar um show que não seja só um mero desenrolar de músicas, mas, sim, um momento de entretenimento", explica Theo. "Mas Fernando ajunta rapidamente: "Mas a preocupação básica é a música´´. As composições do Luni misturam salsa, juju, reggae, funk, rock. rap, harmonias orientais, árabes, percussão africana; enfim, uma salada, no bom sentido. Ou seja, o da curiosidade sem preconceitos e o da experimentação.

TOKYO


TOKYO


Bidi (guitarra), Andrés (baixo), Marcelo Z (sintetizadores), Rocco (bateria) e Supla 17 anos. "Ninguém aqui precisa trabalhar para ganhar a vida". Mas a seriedade com que encaram o trabalho da banda é evidente. Andrés diz que essa é até uma obrigação moral: "Eu acharia ruim se a gente, tendo a possibilidade de dedicação total, não fizesse um negócio esforçado". No início de 85 partiram para os primeiros shows. No segundo, foram "descobertos" pelo pessoal da Sigla/Som Livre e acertaram a gravação de um compacto. O problema é que a música escolhida para estourar, "Mão Direita", foi censurada, por falar de masturbação sem disfarces. Como essa, todas as letras são diretas e simples, falando de amor, dos pais, "da nossa realidade", enfim. "Se as pessoas não se identificam, paciência", diz Bidi, que as escreve com Supla. A contragosto e sob protestos, definem seu som como tecnopunk, o que se explica pelas influências punk de Bidi, Rocco e Supla, somadas às predileções tecnopop de Marcelo e Andrés. Mas, segundo eles, tudo é rock. No disco, entretanto, ressalvando-se o arranjo criativo de "Humanos" e as surpresas (falo delas daqui apouco), não há o elemento vitalidade, sempre embutido no conceito de rock... O episódio da música censurada freou um pouco a rápida ascensão da banda. Depois de barbarizar no show em uma festa da CBS, mudaram de gravadora: assinaram contrato no dia seguinte. Mas, quando mostraram sua música em fita, o pessoal da CBS estranhou: "Como é que a baianinha de sei lá onde vai gostar de ´Garota de Berlim?´, mas a gente disse - o grupo é assim, a gente vai tocar assim". Deu certo. Não só a música foi incluída no LP como contou com a participação de Nina Hagen, que estava no Brasil (ela acabou caidinha pelo Supla). No capítulo das participações especiais, aliás, eles foram bastante ecléticos. Se num lado do disco você tem a Nina Hagen engrolando umas frases em português, do outro a voz de Cauby Peixoto treme com a de Supla em "Romântica". Essas canjas inusitadas renderam mais publicidade, mantendo o Tokyo em evidência. Toda a onda em torno da banda e da figura de Supla fez com que, após o lançamento do disco, a crítica cobrasse essa notoriedade precoce, de uma maneira, digamos, pouco benevolente. Mas o Tokyo apara os golpes e, longe de recusar a fama, quer se utilizar dela. Supla, com a habitual franqueza: "Agora que me inventaram não tem jeito - daqui para a frente depende muito da minha criatividade. Me deram a bola, muito obrigado..." O disco vende bem (dizem eles), toca no rádio, tem uma faixa incluída na trilha do filme Rock Estrela. "Humanos" virou um bom videoclip, gravado na penitenciária de São Paulo. Ou seja, a bola continua em jogo. "O Tokyo não quer ser miss...", veio para ficar. Rocco, aflito, quer dizer mais uma coisa: "Com licença, a gente precisa ensaiar".

LEO JAIME


LÉO JAIME


Leo Jaime, nome artístico de Leonardo Jaime (Goiânia - Goiás, 23 de abril de 1960) é um ator, cantor, compositor e jornalista brasileiro.
Participou da formação original do grupo carioca de rockabilly "João Penca e seus miquinhos amestrados" e saiu do grupo para seguir carreira solo.
Foi Leo Jaime que indicou Cazuza à então nascente banda Barão Vermelho, recusando o posto de vocalista.
Leo Jaime fez muito sucesso na década de 80, onde emplacou vários hits nas rádios do Brasil, além de fazer trilhas sonoras para filmes e novelas. Seus principais discos solo são "Sessão da Tarde" e "Phoda C". Lançou "Todo Amor" em 1995, uma obra de intérprete e Ïnterlúdio"2008, com canções inéditas.

CELSO BLUES BOY


CELSO BLUES BOY


Não são muitos os artistas que podem se gabar de ter criado uma linguagem musical. Robert Johnson, Frank Sinatra, Chuck Berry, Elvis, Hendrix, Marvin Gaye, Miles Davis, os Beatles, Kraftwerk, Black Sabbath, Ramones, o Faith No More - a lista não avança muito a partir daí. Nesse seleto grupo de excepcionais, Celso Blues Boy arruma uma vaguinha por ter dado um sotaque brasileiro ao blues, um gênero americano (ou africano, em suas raízes mais profundas) por excelência, e com ele feito sucesso avassalador ao ponto de ser, ao mesmo tempo, lenda, ídolo e referência, ainda mais quando o papo recai sobre aquele instrumento de seis cordas chamado guitarra.
Exagero? Nada. Erro seria desprezar sua contribuição para a música brasileira. Os gringos o reconheceram: a revista Backstage colocou Celso entre os 20 maiores guitarristas da história; BB King, expressão máxima do blues, o reverenciou ao dividir palcos e estúdio com ele e o convidar para fazer carreira nos EUA; tocou no célebre Festival de Montreaux, na Suíça; The Commitments, a banda do filme cult de Alan Parker, chamou Blues Boy para se integrar a ela (e ele gentilmente recusou). Se Celso não foi alçado ao mesmo patamar glorioso de Tom Jobim, João Gilberto, Caetano Veloso e outras sumidades nacionais, não cabe aqui buscar explicações.
Fato é que Celso vem fazendo história desde a metade dos anos 70. Com apenas 17 anos, por exemplo, integrou o grupo de Raul Seixas. Acompanhou uma penca de veneráveis nomes da MPB (Renato e Seus Blue Caps, Sá & Guarabira, Luiz Melodia...) e arregimentou fãs ao empunhar a guitarra nas bandas Legião Estrangeira e Aero Blues, considerado o primeiro grupo de blues do Brasil e dono de performances memoráveis na lendária casa de shows Apa Loosa, no Rio de Janeiro.
Esses mesmos fãs viram Celso galgar os degraus da fama nos anos 80. Sua estréia solo, em 1984, com "Som na Guitarra", é um clássico absoluto, não só pelos hits que contém ("Aumenta que isso aí é rock'n'roll", "Blues Motel"), mas por espalhar aos quatro cantos do país a notícia de que havia bom blues sendo feito no Brasil. Junte isso ao talento nas seis cordas, a voz rouca, a boa aparência e canções de qualidade e se tem um astro instantâneo. Foi o que aconteceu.
A década de 80 foi mesmo pródiga para o guitarrista - é dessa época outros hits como "Marginal" (ao lado de Cazuza), "Damas da Noite", "Tempos Difíceis", "Fumando na Escuridão", "Sempre Brilhará" e as trilhas de "Rock Estrela" e "Bete Balanço" -, tanto que ele está entre os artistas-símbolo do período. Mas jamais ficou restrito a ele. Tanto é que foi na década de 90 que ele gravou o excepcional "Vivo" no Circo Voador (RJ). Foi também quando passou a se apresentar regularmente na Europa, virou amigo de BB King - a quem homenageia no nome artístico e que empresta seu toque único a "Mississipi", faixa do álbum "Indiana Blues", de 95 - e recebeu o convite para integrar os Commitments. Isso sem falar na agenda lotada de shows pelo Brasil.

INIMIGOS DO REI


INIMIGOS DO REI


Banda formada por Luiz Guilherme, Luiz Nicolau, Paulinho Moska, Marcelo Marques, Marcelo Crelier, Marcus Lyrio e Lourival Franco em 1987, a partir de uma dissidência do grupo Garganta Profunda. Apresentou-se em espaços cariocas, como Pitéu e Cavern Club. Em 1989, gravou o LP "Inimigos do Rei", com destaque para as faixas "Uma barata chamada Kafka" (Luiz Guilherme, Marcelo Marques e Paulinho Moska) e "Adelaide", versão para "You Be Illin" (Simmons, White e Mizell), bastante executadas nas emissoras de rádio. O disco incluiu também as canções "Suzy inflável", "Miss Goodbar", "Crime", "São Business" e "Garotinha do front", todas de Luiz Guilherme e Paulinho Moska, "Jesse James" (Luiz Guilherme e Marcus Lyrio), "Mamãe viajandona" e "Apocalipse Joe", ambas de Luiz Guilherme, Luiz Nicolau e Paulinho Moska. Em 1990, lançou o CD "Amantes da rainha", contendo as faixas "Pacto", "Sexo banal", "Deslizo", "Vício", "Terceiro ato (Kéngueren)" e "Animal", todas de Luiz Guilherme e Paulinho Moska, "Hospício (lar doce lar)" (Luiz Guilherme e Nestor de Hollanda Cavalcanti), "Pesquisa militar" (Luiz Guilherme e Marcelo Crelier), "Carne, osso e silicone" (Luiz Guilherme, Luiz Nicolau, Marcelo Marques, Marcus Lyrio, Paulinho Moska, Marcelo Crelier e Lourival Franco), "Coral da Escandinávia" (André Abujamra e Paulinho Moska) e "Eu fui às férias com a tia Magaly" (Luiz Nicolau e Lourival Franco). No ano seguinte, Paulinho Moska deixou o grupo para seguir carreira solo. O grupo, integrado pelos seis restantes prosseguiu até o ano de 1995. Após uma breve parada, o grupo, retornou às atividades e lançou no ano de 1998 o CD "Arquivo - Inimigos do Rei", contendo as faixas "Escatológico" e "Aladim", ambas de Luiz Guilherme, Luiz Nicolau e Lourival Franco, "Beleza interior", "Sexta-feira de paixão" e "Tambor", todas de Luiz Guilherme e Paulinho Moska, "Charme do enrrugadão" e "Bíceps", ambas de Luiz Guilherme e Luiz Nicolau, e "Cosmonauta" (Luiz Guilherme e Marcus Lyrio), além de "Iansão" (Hamilton Vaz Pereira e Péricles Cavalcanti), "Mamãe passou açúcar em mim" (Carlos Imperial) e "Come together" (John Lennon e Paul McCartney).

DR. SILVANA & CIA


DR. SILVANA & CIA


O Dr. Silvana & Cia. foi formado em 1984 por Ricardo Zimethaum, Cícero Pestana, Jorge Soledade e Edu, no Rio de Janeiro. Ficou conhecido nacionalmente pelas letras bem-humoradas e de duplo sentido.
Lançou um compacto pela CBS em 1984, Eh! Oh!, e um LP pela mesma gravadora no ano seguinte, intitulado Dr. Silvana & Cia. Duas músicas do disco transformaram-se logo em hit: Serão Extra e Taca a Mãe pra Ver se Quica.
Em 1985, o Dr. Silvana & Cia. participou da coletânea Que Delícia de Rock, lançada pela CBS. Em 1989, o grupo lançou seu segundo álbum: Ataca Outra Vez.
Após o término da banda, o grupo tentou um retorno em 1993, com o lançamento do álbum A Vingança, porém sem a mesma repercussão dos anteriores.
Atualmente, a banda conta com nova formação e esporadicamente se apresenta.

GAROTOS DA RUA


GAROTOS DA RUA


Grupo de rock formado por Bebeco Garcia (voz e guitarra), Justino Vasconcelos (guitarra), Geraldo Freitas (baixo e voz), Ricardo Cordeiro (sax), Edinho Galhardi (bateria) em meados da década de 1980, na cidade de Porto Alegre (RS). Seguia a linha hard rock, com influências do Led Zeppelin e Deep Purple. Em 1985, participou da coletânea "Rock garagem II", lançada pelo selo independente gaúcho Acit. Ainda no mesmo ano e pela mesma gravadora lançou o seu único disco individual, o compacto com as músicas "Programa" e "Sabe o que aconteceu comigo?". No ano seguinte, com o grupo Engenheiros do Hawaii, entre outros conjuntos gaúchos, participou da coletânea "Rock Grande do Sul", lançada pela RCA Victor. Encerrou as atividades no final da década de 1980. O líder da banda, Bebeco Garcia, seguiu carreira solo e lançou no ano 2000 o disco "Bebeco - Me chamam curto circuito", pelo selo Top Cat Records.

TARANATIRIÇA


TARANATIRIÇA

Grupo de rock formado por Marcelo Perna (voz), Marcelo Trudá (guitarra), Paul Mello (baixo) e Cau Hafner (bateria) na cidade de Porto Alegre no fim da década de 1970. Fazia um rock pesado nos moldes 'hard-heavy-metal'. Iniciou a carreira no início dos anos 80, apresentando-se no circuito alternativo da noite porto-alegrense. Sua primeira gravação foi pelo selo independente gaúcho Acit, quando participou da coletânea "Rock garagem I", em 1984. No ano seguinte, pelo mesmo selo, lançou o disco "Totalmente rock".

N A U



NAU


No século XXI os navegantes saiam em naus à procura do novo que estava além-mar. Inspirados nisso, Zique (guitarra), Beto Birger (ex-baixista do Zero), Mauro Sanchez (bateria) e Vange Leonel (vocal) se reuniram, montaram o Nau e saíram à caça de um novo som dentro do rock.
Optaram pelo power trio. "Ele e o essencial", lembra Zique. "Sempre foram os mais significativos dentro do rock. Nele, todos os instrumentos têm uma função rítmica e existe um espaço para o silencio", completa Beto. "Facilita muito ser trio. A bateria e o baixo fazendo a base, a guitarra delirando por cima e a voz mais por cima ainda."
"Fazemos um som potente avisa Vange. "Rock é pauleira mesmo. É um tipo de trabalho em que a gente lida com a emoção." Para isso, decidiram trabalhar o lado mais forte de cada instrumento. Usam uma guitarra quase heavy, um baixo puxado para o funk e exploram o vocal de Vange com o que ela acha que há de mais forte para a voz feminina: "O sentimento do blues".
Aliás, o vocal é muito importante para o Nau. A colocação de uma voz potente, que pode até estar tratando de temas líricos, é fundamental. "Existem poucas vocalistas de rock no Brasil. De pop, existem muitas. O rock exige um vocal potente. Agudo, mas não água com açúcar". afirma Vange. "Uso a voz como um instrumento. O lance da voz é que pega pelo humano, lida com a vibração de dentro do teu corpo. Tanto é que o karaokê está na moda."

LOBÃO



LOBÃO


João Luís Woerndbag (Lobão, Rio de Janeiro, 11/10/57) começa sua carreira em 75, tocando bateria no grupo Vímana. A banda, que tem na formação Lulu Santos (guitarra, vocais) e Ritchie (flauta, vocais), grava um LP que não chega a ser lançado - sai apenas um compacto, "Zebra", pela Som livre - Em 80, funda com Evandro Mesquita a Blitz ->, onde atua como baterista - Deixa o grupo em 82, pouco antes do estouro comercial do LP As Aventuras Da Blitz. Nesse mesmo ano, lança seu primeiro disco solo, Cena De Cinema, sem grande repercussão - Forma os Ronaldos em 83, com Alice (ex-Gang 90 ->, backing vocais), Guto (guitarra), Baster (bateria) e Odeid (baixo). O LP seguinte, creditado a lobão E Os Ronaldos, em placa dois hits nas rádios: "Corações Psicodélicos" e "Me Chama" - Participa como ator do filme Areias Escaldantes, lançado em 85. Ainda nesse ano, os Ronaldos se separam. A última gravação do grupo está no compacto "Decadence Avec Elegance", lançado com sucesso em 86 - "Revanche" é o hit do novo LP solo, O Rock Errou. Depois de uma série de detenções - a maioria por porte de drogas -, lobão é condenado a um ano de prisão, no dia 20 de maio de 87. Permanece preso por 32 dias, antes de conseguir um habeas corpus. Em 88, conquistará o direito de cumprir pena em liberdade. A popularidade de lobão cresce com Vida Bandida, que inclui os hits "Chorando No Campo" e "Rádio Blá" - Cuidado, o LP seguinte, não consegue reeditar o sucesso do anterior. Viaja em 89 para Los Angeles, onde grava Sob O Sol De Parador, que traz mais dois sucessos: "Essa Noite Não" e "Por Tudo Que For" - Em janeiro de 90, apresenta-se no Hollywood Rock II. Os shows são registrados no LP Vivo, lançado em setembro.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

João Penca & Seus Miquinhos Amestrados


João Penca & Seus Miquinho Amestrados


A banda foi formada nos anos 70, inicialmente com o nome Zoo, mas foi no ano de 1982 que eles surgiram para o estrelato acompanhando o cantor Eduardo Dusek. O bom humor era uma das características principais, além das roupas e topetes dos anos 50 (inspirados em astros do Rockabilly, como Elvis Presley e Chuck Berry), além do seu trio de vocalistas atuais: Selvagem Big Abreu, Bob Gallo e Avelar Love. Teve como um de seus integrantes o cantor Léo Jaime.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

CÓLERA


CÓLERA


Formada em outubro de 1979, em São Paulo por: Redson (baixo/vocal), Helinho (Guit/backvocal) e Pierre (bateria/backvocal). A proposta da banda é libertária, com mensagens diretas, com arte, som rápido e melódico.O primeiro show foi em 12 de dezembro, na escola Cetal, bairro do Limão, São Paulo, num festival de bandas punks como Condutores de Cadáveres, Restos de Nada, etc. O repertório foi de 11 músicas, dentre elas: Estranho e Nocivo (1ª música da banda), Débil, Gritando e Vomitando, Doce Libertar, Desratear (música feita de improviso no final da apresentação com uma nota e letra de repente.O segundo show foi no carnaval de 1980 na Gruta, um salão de soul music feito numa casa em Santa Terezinha, zona norte de São Paulo.Em Junho de 1980, Helinho saiu, entrou Val no baixo e backing vocal, Pierre continuou na bateria e Redson assumiu a guitarra e os vocais. No fim de 1980 a banda já tinha 36 músicas sendo que pelo menos metade já era tocada nos shows. Daquela época ficaram músicas como Subúrbio Geral, Dê o Fora, Volume pra Caixão, Jane, O. com C., Viralatas, Hhei e muitas outras.O primeiro disco foi o Grito Suburbano ao lado de Olho Seco e Inocentes. Lançado em março de 1982, pela PunkRock Discos, inovando o rock nacional. O Cólera lançou 4 músicas: Subúrbio Geral, João, Hhei, Gritar.O show de lançamento do Grito Suburbano aconteceu em Junho de 1982 em Santana (Zona norte da cidade), e somado com outro grande evento, O COMEÇO DO FIM DO MUNDO, que aconteceu em novembro de 1982, alavancaram o punkrock para ser o que ficou conhecido do seu início. Com vários shows, zines, bandas, novos visuais, novos sons, novas idéias.O Cólera participou do primeiro dia do evento com 26 músicas ficando para o disco a música: C.D.M.P. (Cidade dos meus Pesadelos).Em 1983 gravou seis músicas na coletânea SUB: X.O.T., Bloqueio Mental, Quanto Vale a Liberdade, Zero Zero, Sub-Ratos e Histeria. Ao lado das bandas Ratos de Porão, Psykóze e Fogo Cruzado. Ainda em 1983, a banda saiu de São Paulo para tocar em outras cidades como Aparecida do Norte, Rio de Janeiro, Presidente Prudente, etc.Em 1984, após participar de algumas coletâneas internacionais (ver discografia), lança seu primeiro LP: TENTE MUDAR O AMANHÃ, com 20 músicas: 1.9.9.2. , Marcha, Nabro3, São Paulo, C.D.M.P., Agir, Palpebrite, Duas Ogivas, Amnésia, Passeata, Amanhã, Eu Não Sou Você, Rasgando no Ar, Burgo-Alienação, Sargeta, Distúrbios, Violar Suas Leis, Condenados, Não Existe Mais, Em Você, pelo selo Ataque Frontal. Em 1999 o disco foi relançado em cd com 4 faixas bonus: Dinheiro, Anjos do Beco, Cheiro de Prisão, Volume Pra Caixão.Ainda em 1984 iniciou uma tour do LP tocando em Salvador, Rio, Belo Horizonte, Curitiba, Campinas, etc...Músicas que se destacam até 1985: Palpebrite, Quanto Vale A Liberdade, Histeria, Subúrbio Geral e São Paulo.Em 1985 o Cólera lança o LP : PELA PAZ EM TODO MUNDO com 16 músicas: Medo, Funcionários, Somos Vivos, Alternar, Multidões, Direitos Humanos, Guerrear, Vivo na Cidade, Humanidade, Alucinado, Continência, Não Fome, Adolescente, Pela Paz. O LP saiu pela Ataque Frontal em 1985 e foi realançado pela Devil Discos em 2000 com 4 faixas bonus: Em Setembro, Senhor Dirigente, Dê o Fora, Vida Desgraçada.O disco foi bem distribuído e bastante executado em estações de rádio, em programas de rock, algumas rádios piratas, etc.. Foi enviado em grandes quantidades para vários países da Europa e América do Norte.O LP PELA PAZ EM TODO MUNDO teve duas tournês pelo Brasil e uma pela Europa. Algumas cidades brasileiras: Porto Alegre, Gramado, Florianópolis, Brusque, Joinville, Londrina, Curitiba, Santos, São Paulo, Jundiaí, Piracicaba, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Itaboraí, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, etc...Os países da Europa: Alemanha, Bélgica, Holanda, Áustria, Suíça, Dinamarca, Países
Bascos, Espanha, Noruega, França.A tour na Europa durou 5 meses e dois dias com 56 shows (ver história da CÓLERA EUROPEAN TOUR’87) com o Cólera tocando ao lado de bandas como Negazzione, Inferno, Artless, Lard, ....Foi mais do que o esperado. A banda saiu do Brasil em 22 de fevereiro com 18 shows, o que davam 3 meses de tour.Sendo a primeira banda do gênero Rock Nacional a realizar uma turnê no exterior.56 shows em 10 países em 5 meses.No segundo semestre de 1987 o Cólera grava o EP "É Natal?!" com 4 faixas:É Natal?!, Os Bêbados, TV, Movimentação. A faixa movimentação foi gerada nas estradas durante a tour européia.Em 1988 saiu o disco ao vivo da tour na Europa: "CÓLERA EUROPEAN TOUR ‘87". Gravado todo de fitas cassete, com qualidade razoável, é um registro de vários momentos em cidades como...Em 1989 Val sai para mais tarde montar o Kolapso 77, e entra JB (ex-Traxte, de Rio Claro, interior de SP). No início de 1989 gravam o primeiro disco pela Devil Discos, "Verde, Não Devaste!".As músicas são: Da Última Árvore para o Último Animal (Introdução), Bombeiros, Minha Nação, Meia-Noite, *Parasita, Presídio Zoo, Don’t Waste It, Viva a N.G., Verde, EAEO, Em Setembro, Cólera, *R.P., Teatrinho, Solidarie-nós. Em 2000 o disco saiu em CD com os bonus: Palpebrite, Porquê? (Música do Val), Pela Paz, Não Existe Mais. Todas as faixas bonus foram gravadas em estúdio na Europa.Neste disco as faixas *Parasita e *R.P., são de autoria de JB com Redson e Don’t Waste it foi gerada na Europa too. A música Porquê? foi composta por Val durante a tour européia e gravada num estúdio da Bélgica.O Vinyl vem com um encarte-zine, com ilustrações sobre poluição, devastação da natureza, matança e experiências com animais, etc... No cd as tem todas as ilustrações no encarte e mais UM BRINDE, o poster central do Mico Leão nas grades, no cd é colorido.A tour do Verde, Não Devaste! leva a banda até terras novas que ainda não haviam tocado como: Recife, Gama, Itaboraí, etc...Em março de 1990, JB sai e entra Fábio, que já tinha tocado junto com Redson numa banda que não saiu do projeto: Bike. A banda era Fábio no baixo e vocal, Marcelo (na época roadie do Cólera) na guitarra e Redson na bateria.Fábio tocava também guitarra nas bandas: Yellow Fingers, Decibéis, Olhos Elétricos, dentre outras.

HERÓIS DA RESISTÊNCIA


HERÓIS DA RESISTÊNCIA


Sua saída do Kid Abelha já estava decidida. Um pequeno acidente abreviou as coisas. Agora, Leoni arrisca tudo na banda Heróis da Resistência. "O Kid Abelha era uma coisa que estava me limitando", recorda. "Só o fato de não termos um baterista fixo me angustiava muito. Nunca tirávamos um som juntos, com a banda completa. E eu também queria cantar, pois era eu quem escrevia as letras. O Kid Abelha tem uma estrutura mais para a Paula cantar, e ficava meio forçação de barra eu querer assumir a frente do grupo. Para isso ocorrer, tinha que ser em outro lance. Aí surgiu a idéia de formar o Heróis da Resistência, de experimentar com outros músicos, de tirar outros sons." Leoni, o baixista e vocalista, fala com a segurança de quem sabe o passo que está dando. A princípio, a WEA queria que fizesse carreira solo para explorar mais sua imagem de galã, mas ele insistiu em ter uma banda em que todos os músicos fossem importantes. O resultado está nas lojas desde outubro, quando foi lançado o LP produzido por Liminha - que disse não ter achado dificuldades em trabalhar com a banda. À exceção do guitarrista Jorge Shy, são todos experimentados músicos. O que não diminui o valor de Jorge, que até então vivia trancado num quarto, explorando todas as possibilidades de seu instrumento. A que a banda se propõe? Ir além das fronteiras do pop, "fazer algo mais sofisticado, com alguma ousadia. Uma coisa bem-feita, bem-acabada, com cuidado nas letras e fugindo de uma sonoridade comum. Quando você ouve o disco sente que as faixas são absolutamente diferentes umas das outras". Leoni prossegue explicando o porquê do nome Heróis da Resistência: "Sempre achei essa história de músico uma coisa meio de missionário. Não é uma profissão como outra qualquer. Se você não achar que tem uma missão, mesmo que seja algo pretensioso, fica uma coisa burocrática. Não é só tocar", como já dizia uma letra do primeiro álbum do Kid Abelha. "Nada tira a atenção de um homem com uma missão." Nas novas composições, Leoni tenta fugir de seu estilo - que é a cara do antigo grupo - e parte para títulos que lembram filmes ou romances. Nesse novo passo, os músicos com quem está trabalhando agora são muito importantes. Alfredo Dias Gomes, o baterista, fez parte da banda de Hermeto Paschoal, teve a sua própria e acompanhou Márcio Montarroyos (com quem começou a tocar) e muitos outros da turma instrumental. Jorge foi do Tokyo antes de a banda se lançar e Lulu Martin, o tecladista, veio por recomendação de Cláudio Infante, o batera do Kid Abelha, e é de formação jazzística - já tocou com quase todos do ramo. Perguntados se a WEA não estaria investindo na banda para aproveitar a onda do RPM, enfatizaram que não se propõem a isso, e que quem fez o sucesso do RPM foram os próprios músicos, o empresário Poladian e o fenômeno de público. Outra comparação, desta vez com o grupo inglês Simple Minds, provocou uma gargalhada coletiva e a afirmação: "Nós temos mais variedade sonora que eles, que são muito iguais".

5 GENERAIS


5 GENERAIS


Por mais que tenhamos hoje toda sorte de revivais do pós-punk oitentista, as releituras atuais confirmam a impossibilidade de se resgatar, por exemplo, aquela crueza e honestidade sonora das bandas desse nostálgico período. Tanto os saudosistas que gozaram a época quanto os jovens que a idealizam concordam em algo: os tempos eram outros… diferia a mentalidade, a situação política, a forma de se ouvir música e a carga contestatória do rock, há muito dissolvida pelo mercado.
Um dos maiores e mais peculiares focos de produção nacional foi Brasília, com sua plêiade de bandas memoráveis que absorveram profundamente as mudanças que as bandas pós-punks inglesas impuseram ao rock, com seu lirismo sem perspectivas, suas menções ao gótico e seu ritmo arrastado e denso. Taxadas de darks por parte da crítica, essas bandas privilegiavam em sua quase totalidade o idioma português, ao contrário do que houve nos anos 1990 com relação às bandas de semelhante influência. Por terem entrevisto apenas um pouco da produção estrangeira que aqui chegou, essas bandas mantiveram-se heterogêneas entre si, cada qual com suas particularidades, algumas mais punks (Plebe Rude etc.), outras mais próximas ao que na Inglaterra já era chamado de rock gótico (Arte no Escuro etc.).
Entre elas, uma destacou-se em resenhas e coberturas de fanzines dos anos 1990 – podemos apontar a matéria de autoria do Fofão, atual integrante da banda Vultos – como a primeira banda gótica nacional, embora isso nunca tenha sido planejado: trata-se do quarteto 5 Generais, que abocanhou elementos de bandas como Siouxsie & the Banshees, The Sisters of Mercy, Cocteau Twins e The Cure na época em que essas bandas despontavam. Seus registros incluem participações em coletâneas como Rock Brasília (1987), e o mini-LP Onde Estão as Pessoas (1989).
Aqueles que a buscaram devido ao evidente interesse histórico depararam-se com trabalhos que merecem crédito por suas próprias qualidades. “Outro Trago” e “Pássaros Negros”, para ficarmos em apenas dois exemplos, capturam com maestria o estilo e a temática da época. Urbanas, noturnas, introspectivas, permeadas duma solidão altiva e da mais visceral insubmissão juvenil, essas canções repletas de “rancores guardados ao Deus e ao Rei” são verdadeiros retratos daquela geração.

PLEBE RUDE


PLEBE RUDE


Era uma vez um reino sul-americano que media sua grandeza pela extensão das terras e que tinha esperanças de ser o futuro do planeta. Lá, as leis eram impostas com violência, e uma idade de trevas ocorreu sufocando tudo o que fosse criativo e espontâneo. Um dia, à margem da corte, jovens plebeus começaram a se reunir e articularam um movimento musical que foi-se fortalecendo a cada ano e, um belo dia, brotou para todo o reino, contando histórias daquelas épocas sombrias, que, mesmo aparentemente soterradas, ainda refletem nos dias que correm. Essa é a história da Plebe Rude, que é também a história do rock de Brasília e um pouco do novo rock brasileiro. Quando o movimento punk explodiu na Inglaterra, nunca se imaginou que fragmentos dessa explosão chegassem até o Brasil (mesmo alguns anos depois) e indiretamente provocassem um renascimento, trazendo uma nova estética para o quase invisível rock brasileiro. De um modo ou de outro, as bandas que hoje dominam o mercado trazem um vestigiozinho que seja do punk. A Plebe Rude e 90% das bandas de Brasília são filhas legítimas. Era 1979 e o país estava prestes a sair de seu eclipse militar. Orbitando em volta do poder, dezenas de jovens entediados nada tinham a fazer, a não ser ouvir discos e ler revistas que traziam a grande nova do punk rock e lhes davam uma maior alegria de viver. Como a informação lá chegava primeiro, logo surgiram duas das primeiras bandas punks do país: Blitx 64 e Aborto Elétrico. Dessas derivaram as demais, como a Plebe Rude, nascida em 81 de pedaços da Blitx e da Metralhas. Um ano depois, da semente da Aborto Elétrico nasceria a mais famosa delas até o momento, a Legião Urbana, que estreou abrindo um show da Plebe em Patos de Minas, MG. A época, 82, era de eleições, e após o show todos da Plebe foram em cana por causa da música "Vote em Branco", considerada subversiva. No mesmo show, a Legião cantou "Que País é Esse", atualmente usada na abertura de seus shows, e que provavelmente não será gravada. Se já não era muito fácil ser roqueiro naquela época, punk então era pior ainda. As primeiras apresentações da Plebe, assim como das demais bandas do Planalto, eram shows-relâmpago em parques, praças, portas de bar ou onde houvesse uma tomada. Plugavam-se os instrumentos e tocava-se o tempo que desse até a chegada da polícia. Zás! Se não fosse rápido, eles levavam instrumentos e pulseiras de tachinhas. Nessa época a Plebe já tinha a formação, que dura até hoje, que é a seguinte: Gutje na bateria e vocais; André X no baixo; Philippe na guitarra e vocais; e Jander na guitarra base e vocais. A única diferença eram as plebetes, Ana & Marta, que faziam os backings, como em "Sexo & Karatê", que na versão em vinil é feita por Fernandinha, da Blitz. Em 83 eles resolveram conquistar o país e começaram se apresentando em São Paulo, no extinto bar Napalm, para logo em seguida chegarem ao Rio abrigados pela lona do Circo Voador. Geralmente as apresentações eram divididas com a Legião e a Capital Inicial, dando pra sacar que, mesmo as três sendo do mesmo local, mantinham características distintas. A Legião passava um ar sério, a Capital mais refinada e a Plebe, energia pura. Era a banda que fazia a rapaziada pular mais e mais alto. Todo mundo podia subir no palco, e às vezes Philippe largava a guitarra e mergulhava na platéia. Uma celebração. Mas até quando esperar? As outras bandas do Planalto, que começaram juntas ou vieram após, estavam todas gravando, e a Plebe, nada. Eles não queriam fazer disco independente e preferiram que o momento chegasse sem precipitações nem participações em paus-de-sebo. Enquanto isso, foram apurando o som em dezenas de shows nos mais variados locais. Então um dia a boa notícia pintou: A EMI-Odeon ia lançar um projeto de mini-LPs só com bandas estreantes, e a Plebe estava incluída no lance, por méritos próprios que correram de boca em boca. Em janeiro deste ano finalmente veio ao mundo "O Concreto Já Rachou", um disco de estréia com punch e produção impecável a cargo de Herbert "Paralamas" Vianna, que vai longe.

METRÔ




METRÔ
A banda (que teve inúmeras formações) nasceu com o nome de "A Gota" (depois "A Gota Suspensa") influênciados pelos anos 60 e 70 (Beatles, Tropicália, Novos Baianos, Pink Floyd, Weather Report,etc). Com esse nome, o grupo lançou um LP independente em 1984. Apesar de não obter repercussão comercial, o disco chamou a atenção da gravadora CBS, que os contratou. A Gota Suspensa mudou de nome e passou a se chamar "Metrô". O grupo também deixou o estilo rock progressivo e adotou uma linha mais pop/rock, influênciados pela "New Wave"
No final de 1984, o grupo gravou um compacto, com a música "Beat Acelerado", que obteve grande sucesso no Brasil. Em 1985, foi lançado "Olhar", primeiro LP do Metrô. O grupo também participou da trilha sonora do filme brasileiro "Rock Estrela", dirigido por Lael Rodrigues e "Areias Escaldantes" de Francisco de Paula.
O grupo passou a realizar vários concertos por todo Brasil. O excesso de shows e de exposição, somadas as pressões comerciais, desgastaram a banda. No auge do sucesso, a vocalista Virginie deixou o Metrô em abril de 1986.

HARPIA


HARPIA

Formada originalmente em 1982 com o nome "Via Láctea", fez nessa época algumas apresentações procurando definir um estilo próprio dentro do Rock Nacional. Em abril de 1983 muda a formação e adota o nome "HARPPIA", ostentando como símbolo uma ave metalizada. A marca registrada da Banda é seu trabalho musical cuidadosamente elaborado e de grande seriedade profissional. Chama a atenção a grande energia transmitida em suas performances.A Formação original da Banda teve como seus fundadores: Jack Santiago (composições e vocais) e Hélcio Aguirra (composições e guitarra), este último e desde o início no Golpe de Estado. Nesta época integravam também a banda guitarrista Marcos Patriota, baixista Ricardo Ravache e baterista Zé Henrique (atualmente na banda Nihilo).A proposta de trabalho do HARPPIA era difundir o Rock Nacional como uma forma de expressão artístico-musical e criar um ambiente sério e de respeito, além de aprimorar o seu estilo. No decorrer de 84 foi citado em vários jornais e revistas especializadas: Livro Negro do Rock, Roll /Metal, etc.Seguiram-se várias apresentações em lugares de renome como a Praça do Rock, S.E. Palmeiras, Carbono 14, Rádio Club, Rainbow Bar, Club das Bandeiras, Ceret (show beneficente), Lira Paulistana, teatros da Prefeitura; fundaram e participaram ativamente da Cooperativa Paulista de Rock (atualmente desativada); foram convidados a participar do trailler disc da revista Bizz (Editora Abril) com a música "Salem (a cidade das bruxas)". Esta música tornou-se um hit, sendo executada por um longo tempo nas rádios 89 e 97.Em 1985 a Baratos Afins, na pessoa do Sr. Luiz Calanca, convida o HARPPIA para gravar o EP 'A Ferro e Fogo' e este se torna de imediato um vinil clássico no meio do Rock Nacional, tanto pelo pioneirismo de sua gravação quanto pela sua execução e radiodifusão. Nesta época contava com Tibério Correia na bateria.O HARPPIA sempre foi destaque em todos os festivais que participou, sendo muito respeitado por todos os músicos do gênero, tanto por sua dinâmica sincronizada de palco como pela densidade e perfeição de seu som.

BLACK FUTURE


BLACK FUTURE

Em todos os sentidos, o futuro é negro. A situação mundial está cada vez pior e a música pop nunca foi tão Africa quanto agora. O resultado desta conjunção - tempos difíceis e música negra -já deu frutos até no Brasil: a banda carioca Black Future.
O mentor do projeto BF foi o mesmo Lui cujo passo inspirou o último álbum dos Paralamas do Sucesso. Durante algumas tardes sacais ele costumava se reunir com seus amigos mais um variado arsenal que incluía instrumentos de percussão, alguns pedais de efeito e um computador rítmico; além disso, usavam um enorme rádiogravador, do tipo ghetto blaster, sintonizado em ondas curtas. Nessa época (83) a banda se chamava Divisão Anti-Panzer (mais tarde viraria Anti-Globo) e os experimentos musicais corriam paralela-mente aos trabalhos de artes plásticas desenvolvidos por Lui. Destes o mais famoso é a série de pinturas dos "siribatatas", estranhos seres mutantes que habitariam o mundo após o holocausto nuclear.
Lui, no entanto, entrou em reclusão no início do ano passado e mudou-se para Brasília. O projeto BF foi sendo levado adiante pelo vocalista e programador de computador rítmico Márcio Bandeira, o Satanésio, mais o violinista e baterista eletrônico Tantão, o guitarrista Edinho e o baixista Olmar.
Do samba eletroapoteótico "Eu Sou o Rio" (de Lui) ao super-funk-rap "No Nights", o som do BF é particularíssimo. Na inquietante "Pobres Idiotas". Satanésio muda as letras de acordo com o show e não raramente chega às lágrimas por causa da injustiça combatida na letra.
Quem quiser conhecer o BF vai precisar esperar por alguma apresentação da banda - até agora sequer foram feitos planos para discos e as poucas fitas cassete existentes com as músicas do Black Future são disputadas a tapa. Talvez por isso o BF seja um grupo mais comentado do que conhecido. E aqueles poucos que o conhecem têm de escolher entre dois pólos: ou odeiam ou amam. Com o Black Future não há meio-termo.