segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

K O N G O


KONGO

Pode parecer nome de filme B, onde uma loura glamurosa se apresenta num cabaré apinhado de pigmeus e um das Selvas pinta na happy hour. Mas não é nada disso: Kongo é uma banda carioca de ska, formada há uns seis meses.
Kongo nasceu quando o guitarrista Nélson Cerqueira conheceu a baixista Karen Gruhl e outro guitarrista, Tommy Schweitzer. Em comum, a paixão pelo ska. Logo a banda se completou com a nipo-teutônica Mariko Becker (teclados) e Fleck (bateria). Eles dividem os vocais, sendo os leads de Nélson e Tommy - O nome e o símbolo da banda - um macaquinho - surgiram quando ouviam "Monkey Man", dos Specials.
Essa e outras músicas, como "Murder" (Selecter), "My Girl" (Madness) e "Ne Ne Na Na Nu Nu" (Bad Manners), formavam o repertório inicial, logo acrescido de várias composições próprias, como "Drak" e "Rabilônia" (que já freqüenta rádios alternativas, via demo-tape produzida por Bi Ribeiro, dos Paralamas).
A mensagem da Kongo não está centrada no problema da discriminação racial - como faziam as bandas inglesas do movimento two-tone, mas a crítica social está presente em todas as letras, por mais dançantes que sejam. Eles não sofrem da paranóia de agitar uma gravadora e fazer sucesso já. Vão tocando e juntando público. Se acontecer, ok. Se não, ok também.
Uma pena é que a Kongo - venha a estourar ou não - só vai durar enquanto seus componentes estiverem no pais. São todos de origem alemã, menos Nélson, e a maioria é menor de idade e não tem parentes no Brasil. Preferem ficar, mas voltarão para a Europa, se essa for a vontade dos pais.
Enquanto isso não acontece, Kongo-boys e Kongo-girls pulam ao som do ska (e das escapulidinhas latinas e caribenhas) do grupo, e de alguma maneira o espírito two-fone está preservado.
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