Z E R O
O Zero surgiu no começo de 1983, quando o vocalista Guilherme Isnard (ex. Voluntários da Pátria) se reuniu aos arquitetos Beto Birger (baixo); Claudio Souza (bateria), Gilles Eduar (sax); Fabio Golfetti e Nelson Coelho (guitarras). Devido as divergências musicais essa formação durou apenas dois anos e rendeu além do compacto (Heróis/100% Paixão), participação no Lp "Remota Batucada" da cantora May East (na música Caim e Abel) e na coletânea "Os Intocáveis". Em 85 Guilherme reestruturou a banda com Eduardo Amarante (ex. Agentss e Azul 29) na guitarra; Ricky Villas-Boas (ex. Joe) no baixo; Freddy Haiat (ex. Degradée) nos teclados e Athos Costa (ex. Tan-Tan Club) na bateria. Sem pretensão nenhuma foram compondo até aparecer uma oportunidade de gravar. Assim surgiu o mini Lp "Passos no Escuro", que estourou as músicas "Agora eu Sei" e "Formosa" nas rádios de todo o Brasil, e fez o grupo ganhar o disco de ouro (quase 200 mil cópias vendidas). Em 87 lançaram o LP "Carne Humana", que apresentou os hits "Quimeras" e "A Luta e o Prazer" e mudança na formação: saiu Athos e entrou Malcolm (ex. Azul 29 e Voga) na bateria. Nessa fase, abriram os shows da mega estrela Tina Turner no estádio do Pacaembu e no Maracanã, para um público de 200 mil pessoas. Em março e abril de 89 surpreendentemente o Zero faz a sua despedida com shows no Dama Xoc (em S. Paulo) e Circo Voador (Rio de Janeiro). O grupo ainda fez alguns shows pelo interior em 91 e 92, mas somente para matar a saudade dos fãs.Após isso, o líder Guilherme Isnard fez shows em homenagem a Brian Ferry (Roxy Music), cantou standards da música americana dos anos 50 e 60, dividiu palco no SESC Pompéia (SP) com o cantor Miltinho, mestre do samba sincopado. Em 92 mudou-se para o Rio de Janeiro. Lá, fez shows em homenagem ao compositor Luís Antonio e fez diversas apresentações do seu trabalho solo, com temporadas no People e Hippódromo Up (boates do Rio). Passou 98 e 99 nos palcos interpretando o flautista e compositor Joaquim Antônio Callado no musical "O Abre Alas", sucesso em todo Brasil.Para comemorar os 15 anos do Zero, o grupo fez em 1999 quatro apresentações no Rio (junto com os brasilienses do Finis Africae) e uma noite memorável em São Paulo, dia 20 de maio no Blen Blen Brasil. Neste show, além de Guilherme Isnard, a formação clássica contou com Eduardo e Freddy, os demais eram músicos novos que acompanhavam o cantor na sua carreira solo. As participações especiais ficaram por conta de Fabio Golfetti (da 1ª formação), Miguel Barella e Kodiak Bachine (ambos da lendária banda Agentss).Em 2000 a banda continuou se apresentando no Rio de Janeiro. Fizeram várias apresentações nas Lonas Culturais (junto com o Uns & Outros), no Canecão (junto com Toni Platão, Frejat e Dado Villa-Lobos) e participaram de uma das noitadas de tributo a banda punk The Clash.
Tive o prazer de conhecer pessoalmente o Guilherme aqui em Aracaju e poder autografar os meus vinis carne humana e passos no escuro.
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