TNT
Informação escassa mais tesão generalizado: esta é a fórmula do rock portoalegrense. TNT é um caso típico. Nunca ouviram - mesmo - Cramps, Meteors ou coisas do gênero. Detestam Stray Cats e fazem o mais entusiasmado rock (´abillv and roll) que já deu as caras neste hemisfério. Imagine-os de preto, jaqueta de couro e loucos da vida. Rockers legítimos, ouvidos colados em eletrolas tocando Chuck Berry, às vezes apenas em versões dos Beatles e Stones, e até acompanhados pelos gêmeos Who e Jam. A agressividade mod não poderia, claro, estar ausente nestes teenagers.
"Pra tocar esse tipo de som é preciso ter ainda uma certa inocência", saca Charles Master, baixista e vocalista. A média etária do grupo é 18 anos. Mas não deixe seus rostos imberbes enganá-lo. Eles são cachorros loucos pulando no palco, exigindo o máximo de seus amplificadores de válvula. Você sabe, no tempo em que se tocava rock´n´roll não existia transistor, e a amplificação à válvula, além de tudo, fornece distorção natural. E estoura mais cedo. Mas isto é sinônimo de TNT.
A formação não é a mesma de "Entra Nessa" e "Estou na Mão" (do LP Rock Grande do Sul), composições do tempo em que Charlie e Flávio Basso (ex-guitarrista) tinham dez anos. Há dois novos guitarristas, Luis Henrique (ex-Prisão de Ventre) e Márcio Petralha (baixista na primeira formação da banda), ao lado de Charlie e do baterista Felipe Jotz. Os guitarristas anteriores montaram, com mais um baterista, o trio Cascaveletes - já na mira do novo selo da gravadora RCA. Plug, que se prepara para lançar os primeiros LPs de TNT e De Falia. Fumaça no ar.
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