sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

N A U



NAU


No século XXI os navegantes saiam em naus à procura do novo que estava além-mar. Inspirados nisso, Zique (guitarra), Beto Birger (ex-baixista do Zero), Mauro Sanchez (bateria) e Vange Leonel (vocal) se reuniram, montaram o Nau e saíram à caça de um novo som dentro do rock.
Optaram pelo power trio. "Ele e o essencial", lembra Zique. "Sempre foram os mais significativos dentro do rock. Nele, todos os instrumentos têm uma função rítmica e existe um espaço para o silencio", completa Beto. "Facilita muito ser trio. A bateria e o baixo fazendo a base, a guitarra delirando por cima e a voz mais por cima ainda."
"Fazemos um som potente avisa Vange. "Rock é pauleira mesmo. É um tipo de trabalho em que a gente lida com a emoção." Para isso, decidiram trabalhar o lado mais forte de cada instrumento. Usam uma guitarra quase heavy, um baixo puxado para o funk e exploram o vocal de Vange com o que ela acha que há de mais forte para a voz feminina: "O sentimento do blues".
Aliás, o vocal é muito importante para o Nau. A colocação de uma voz potente, que pode até estar tratando de temas líricos, é fundamental. "Existem poucas vocalistas de rock no Brasil. De pop, existem muitas. O rock exige um vocal potente. Agudo, mas não água com açúcar". afirma Vange. "Uso a voz como um instrumento. O lance da voz é que pega pelo humano, lida com a vibração de dentro do teu corpo. Tanto é que o karaokê está na moda."

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