segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

BLUES ETILICOS


BLUES ETILICOS
O primeiro show do que seria o Blues Etílicos aconteceu no natal de 1985, e teve como bravos e corajosos músicos Cláudio Bedran, Otávio Rocha e Flávio Guimaraes, junto com Paulo Batera na... bateria, e Sérgio na outra guitarra. No ano seguinte o guitarrista Otávio resolveu ir para os EUA de bicicleta junto com outros 2 celerados enquanto Flávio e Cláudio continuavam a sua peregrinação pelos bares cariocas, já com o nome Blues Etílicos. É preciso lembrar que naquela época havia a lendária Rádio Fluminense FM, que juntamente com o também lendário Circo Voador criou um elo cultural fortíssimo, que possibilitou o surgimento de diversas bandas. Assim não havia outro jeito, foi gravada uma fita com a primeira versão de Safra 63, (que mais tarde foi regravada pela banda no seu álbum de estréia), que teve uma ótima aceitaçao na rádio, e assim o nome da banda começou a crescer, e os shows na época contavam com Rodolfo Rebuzi na guitarra,e o suíço Bernard Cristian na bateria. No fim de 86 Otávio volta dos EUA (de avião) e como o lugar de baterista ficou vago por motivo de força maior, pois o suíço teve que voltar repentinamente ao seu país, resolve assumir o posto de baterista, reforçados pelo guitarrista americano Derek Bosshart, um gringo virtuose que veio ao Brasil com sua guitarra e seu amplificador, botou um anúncio no jornal procurando músicos para tocar e assim encontrou os Etílicos. Essa formação durou até a noite em que Derek, num estado etílico bastante avançado, esqueceu sua Fender raríssima dentro de um táxi, entrou em profunda depressão e resolveu viajar de carona pela América do Sul, mas tendo a gentileza de apresentar a banda o guitarrista e cantor Greg Wilson, que fez a sua estréia no Pappus Bar, um barzinho bem divertido que ficava no bairro do rio comprido, no Rio. Nessa época as incríveis performances dos músicos, com destaque para a extinção de uma bateria Ludwig pela incrível técnica do "baterista" Otávio, chamaram a atençao dos proprietários de uma loja de discos raros e importados, a Satisfaction Discos, que resolveram então produzir o primeiro LP da turma, o independente "Blues Etilicos", agora já com um baterista de verdade, Gil Eduardo, filho do tremendão Erasmo Carlos, voltando Otávio para a sua outra paixão, a slide guitar. Graças a este disco, a banda foi fazer 2 shows em Santo André, no saudoso bar Jazz and Blues, (estamos em 1988), shows estes que foram vistos por uma turma da gravadora Eldorado, que assim contratou a banda e foi produzido então o segundo LP, Água Mineral. "Em 89, acontece o primeiro(e mais interessante) festival internacional de Blues, em Ribeirão Preto, que contou com a participação de Albert Collins, Buddy Guy, Junior Wells, Magic Slim , e com a gloriosa participação dos Etílicos, que tiveram como árdua tarefa abrir o evento, e logo para o guitarrista Buddy Guy (o outro representante dos trópicos foi o guitarrista André Christovam). Essa prova de fogo amadureceu muito os músicos,que partiram então para a gravaçã o do terceiro álbum, San-Ho-Zay, talvez o mais próximo de blues tradicional que a banda produziu, seguido logo depois pelo disco "4", que tem na faixa Pelicano uma interessantíssima fusão de blues e reggae (isso em 1991).

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