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domingo, 13 de maio de 2012
Grinders
Grinders é uma banda de skate punk paulista formada na década de 80. A banda participou da lendária coletânea Ataque Sonoro de 1985, ao lado das bandas Lobotomia, Ratos de Porão, Armagedom e Garotos Podres.
A banda começou em 1984 com a junção de duas bandas na época (Inimigos da Ordem e Holocausto), que juntos formam o 'Grinders (nome de uma manobra de skate da época). Quem deu esse nome a banda, foi o amigo e empresário da banda Jorge Kuge (dono da marca Urgh!). Assim, da região do ABC Paulista, vinham os reais representantes do hardcore californiano da época, influenciados por bandas como Circle Jerks, Agent Orange, Black Flag e Dead Kennedys. Como na formação da banda havia skatistas locais, o rótulo da banda acabou naturalmente chamado de skate rock ou skate punk. Mas na verdade, eram skatistas que faziam um punk rock rápido e agressivo como poucos.
O nome Grinders, para aqueles que de alguma forma se envolveram com a música punk na década de 80, sempre esteve associado à cultura do skate. Isso se deve ao fato da banda e seus integrantes enxergarem o nome, sobrenome e atitude presentes no esporte como fonte vital de inspiração e energia para sua música. A partir da união de duas bandas que atuaram no início da década de 80, surgiu o único grupo brasileiro da história a ser oficialmente adotado pelos praticantes do esporte. Em 83, quando alguns dos membros das bandas Inimigos da Ordem e Holocausto se reuniram pela primeira vez, surgiria aquilo que mais tarde acabaria ficando conhecido como Grinders. O nome de uma manobra não poderia deixar de se adequar ao estilo e proposta da banda de forma tão perfeita. Desta forma, surgiria oficialmente no ano de 84 na região do ABC paulista uma nova banda de punk rock completamente influenciada pelo skate punk californiano da década de 80.
Como a formação do grupo possuía skatistas locais, o rótulo de banda de “skate rock” ou “skate punk” acabou surgindo naturalmente e tudo o que os integrantes puderam fazer foi aceitar o rótulo. Eles possuíam o quesito necessário para se encaixar no gênero: uma banda formada por skatistas que produzia música punk. Isso aconteceu em uma época onde o cenário da música e o movimento punk em si encontrava-se em plena efervescência devido às atividades realizadas pelos principais grupos punks da época. E assim como várias outras bandas da época, o Grinders também deixou suas marcas a começar pelo seu primeiro registro oficial, a coletânea Ataque Sonoro.
Pobreza, ex-baixista, atual vocalista e único membro original do grupo relata; “Apesar de termos tocado em outras bandas antes, nunca havíamos entrado em um estúdio de gravação. Essa havia sido a primeira vez e naquela época era tudo muito mais difícil que hoje em dia. Não havia equipamentos adequados como se encontra na maioria dos estúdios de hoje”. Após a boa repercussão e impressão causadas pela coletânea e a demo, faltaria pouco para que o grupo fosse convidado a gravar seu primeiro e durante anos, único álbum. Foi então que, em 1987, o Grinders registrou em 16 canais no estúdio Vice-Versa sob a produção técnica de Redson (Cólera), as 12 faixas do álbum que leva o mesmo nome da banda. O álbum pode ser considerado uma obra de arte da história do punk brasileiro e é sim, a maior e talvez única referência para o skate punk produzido em toda história da música underground do Brasil.
Em outras palavras, um grande clássico. Faixas instrumentais à lá Agent Orange como “Grinders” e “Homem Aranha” marcaram época e hinos como “Skate Gralha”, “Destrua Um Monstro Nazista”, “Serviço Militar”, “Ruas de Soweto”, “Puta Vomitada”, “Como é que Pode” e “Minha Vida”. Estava tudo ali; letras irônicas sobre a repressão do período pós-militar, indagações sobre o modo de vida e trabalho operário, destruição do fascismo e descrições sobre o prazer de estar em cima de um skate.
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