terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Voluntários da Pátria


A história do Voluntários da Pátria se confunde com a do rock underground
paulistano da primeira metade da década de 1980, assim como a do Ira!,
Mercenárias, Smack, Azul 29 e AkiraS.
Começou em setembro de 1983 e terminou fevereiro de 1986.

O Voluntários teve três formações públicas.

Formação 1
Guilherme Isnard (vocal)
Miguel Barella (guitarra)
MinhoK (guitarra)
Maurício (baixo)
Thomas Pappon (bateria)

Formação 2
Nazi (vocal)
Miguel Barella (guitarra)
Giuseppe Lenti (guitarra)
Ricardo Gaspa (baixo)
Thomas Pappon (bateria)

Formação 3
Paulo H (vocal)
Miguel Barella (guitarra)
Giuseppe Lenti (guitarra)
AkiraS (baixo)
EdsonX (bateria)

Em São Paulo, o circuíto de shows passava pelo Carbono 14
(estréia dia 13 de maio de 1984), Napalm, Lira Paulistana,
Madame Satã, SESC Pompéia, Val Improviso, Lei Seca e Black Jack.
No Rio, Noites Cariocas, Circo Voador, Mamão com Açúcar e Parque Laje.
Gravaram o LP Voluntários da Pátria em 1984, que foi reeditado em CD
com faixas gravadas ao vivo, num show comemorativo, em janeiro de
1990 no Aeroanta.
A formação para essa comemoração foi: Nazi, Miguel, Giuseppe, Gaspa e
Kuki na bateria.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Questionário



Algo que falta nos trabalhos dos novos - e velhos - músicos é o ponto de partida para este grupo: o cuidado com os timbres. Melhor ainda, nas palavras de Go: "tensão de timbres".
Como se não bastasse a "originalidade" da proposta, os timbres ganham novas cores quando desenhados por essas garotas que formam o Questionário ou Bruhahá Babélico, uma questão de nomenclatura ainda no ar. Dois sintetizadores - usados ao extremo do que podem oferecer - ficam à cargo de Dequinha e Zaba (que comanda, ainda, um computador rítmico). Go segura uma guitarra renhida, com solos sutis, além de um vocal agudo e deliciosamente melodioso. Se a questão é definir, Go solta: "Um pastiche/ Raspa de tacho minimalista". Mas nada tão complicado - nem tão simples.
O emaranhado fica mais visível nas letras: "Chega de línguas vazias!", fala Go. "É o cantarolar de rua, os idiomas/ Diferentes sonoridades de línguas não existentes e a canção propriamente dita. Não é nada disso, mas aborda/ Passa por isso tudo." Exemplo típico é a letra tirada de um poema de Maria José de Carvalho: "IMOTOIMERSOIMEMOREMARMO..." Ou os poemas em inglês de Fernando Pessoa e William Blake. Mesmo em português, o timbre fonético casa, justo e certeiro, com os timbres preparados para os instrumentos: "Penso logo erro/ Penso que recupero/ Depende/ Eu penso logo peso/ Penso logo longe/ Penso e volto já/ Devendo/ Eu penso logo penso".
Para conferir, é só dar um pulo no MIS, Paço das Artes (SP), dias 13 e 14 deste mês, onde elas se apresentarão acompanhadas de orquestra, com arranjos de Felix Wagner. Aviso: um som para os amantes da música - fluida, original, tão complexa quanto a simplicidade pode ser.


Jardim das Delícias



"Eu vou retalhar suas coxas imberbes e brancas", explode Claudia Wonder para uma single girl no single bar Victória. O protesto era cabível. Afinal, Claudia não é páreo para a freguesia da paz, amor e saúde. Entranhas expostas lhe sugerem mais arte. Mas ela tem sempre as respostas na ponta da língua, para qualquer situação, qualquer palco...

Durante três anos - de 78 a 81 -, Claudia percorreu os pubs europeus, cantando o samba e o oba-oba brasileiro. "Era a única coisa que dava grana", comenta. Quando voltou ao Brasil, se viu obrigada a imitar Marilyn Monroe e Liza Minelli, apesar de seu amor por Lou Reed e Blondie. "Mas quando o tupinibrega estourou, aí tive uma chance", ironiza.

Sempre acompanhada de ótimos instrumentistas, Claudia se dedica ao vocal, letras e performance, deixando o instrumental a cargo de músicos que merecem um capítulo à parte. Alemão, que segura uma das guitarras, é, também, artista plástico. Para ele a música "tem de escapar do ouvido e ir para outro plano mais fluido... Que ela aja por feeling e não por raciocínio". Na outra guitarra, Abrão e, na bateria, Renato, dois integrantes do Kafka, banda que já chama a atenção no circuito paulista. Reka, no baixo, avisa que faz a cama para os outros viajarem.
Jardim das Delícias é o nome deste grupo, que tem Claudia Wonder cujo nome de batismo é Abrahão - como protagonista. Talvez por isso mesmo as opiniões sejam tão inversamente proporcionais - uns gostam, outros odeiam. Mas o grande trunfo é que Claudia traz para o espalhafatoso cenário roqueiro a pitada sagaz dos becos e boates mundanas. Ou, ainda, um pouco daqueles "que não têm medo do próprio cheiro".



sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Frejat - Duetos


01. Uns Dias - Com Paralamas                            
02. Beth Balanço - Com Blitz                            
03. Exagerado - Frejat e Zélia Ducan                    
04. Desabrigado - Com Bandaliera                        
05. Pagode Russo - Com Lenine                          
06. Caleidoscópio - Com Paralamas                      
07. Mal Secreto - Com Jards Macalé                      
08. Brasil Nagô - Com Fundo de Quintal                  
09. While My Guitar Gently Weeps - Com Os Britos        
10. Se Você Quiser Mas Sem Bronquear - Com Flávia Santana
11-Seda Pura - Com Simone                              
12. Mãos Atadas - Com Zelia Duncan                      
13. A Mim E Mais Ninguém - Com Angela Rô Rô            
14. Chega de Saudade - Com Quarte em Cy                
15. Paula e Bebeto com Gal Costa                        
16. Agora Somos Família - Com Alemão Ronaldo            
17. Já Fui Uma Brasa - Com Casuarina                    
18. Malandragem - Com Angela Rô Rô