domingo, 16 de abril de 2017

The Mist


The Mist foi uma banda de metal de Belo Horizonte, formada em 1986 com o nome de Mayhem.

Tudo começou com a antiga banda Mayhem(BR), uma das dezenas de bandas deThrash Metal que disputavam um espaço na diversificada cena de Belo Horizonte. O Mayhem lançou apenas uma demo com duas músicas (Brain Mutilation Wardeath e Insane Minds), esta demo, intitulada Adrenalin, de março de 1986.O Mayhem teve certa notoriedade quando teve suas duas músicas inclusas na coletanea Warfare Noise II , promovida pela Cogumelo Records

Formação:

Gentil - Vocal 
Beto - Guitarras 
Reinaldo "Cavalão" - Guitarra (R.I.P.) 
Renato "Pururuca" - Baixo 
Cristiano "Balão" - Bateria 

O The MisT foi formado pelos músicos Vladimir Korg(voz), Christiano Salles(bateria), Reinaldo "Cavalão"(R.I.P) e Roberto Lima (Guitarras) e Marcelo Diaz(baixo), nos idos de 1988. Com esta formaçao, lançaram seu primeiro disco, pela gravadora Cogumelo Records, em 1989.

"Phantasmagoria" é um disco que se encaixa perfeitamente à aquela época, em que o gêrero mais aclamado em Belo Horizonte era o Thrash Metal e o Death Metal, com expoentes renomados, como Chakal, Sarcófago, Sepultura, Overdose, Holocausto e o próprio The Mist, que passou a ficar conhecido na região. O Disco continha faixas bem pesadas, porém não ao estilo extremo como o de outras bandas. Mesmo um pouco crú, e com alguma falta de experiencia dos músicos, com certeza um excelente disco, muito comentado na época. As letras , escritas por "Korg", eram extremamente politizadas, fato que caracterizou eternamente o som da banda. "Korg" possuia um total domínio sobre os temas sociais e políticos. As letras possuiam também um certo cunho depressivo, destrutivo, fazendo constantemente críticas à sociedade e seus dogmas (caracteristica marcante de Korg, que moldava suas composições sob estes aspectos desde a época do Chakal).

Com isto, o The Mist passa a ser reconhecido, no entanto, o Guitarrista Reinaldo, conhecido como "Cavalão", se retira da banda e monta o "Gothic Vox". Posteriormente "Cavalão" falece .O guitarrista Roberto tambem se retira do The Mist.

O segundo disco é lançado, em 1991. Com a saída dos guitarristas originais, o substituto encontrado é nada menos que Jairo Guedez, ex-Sepultura. Trata-se do extraordinário "The Hangman Tree", considerado por muitos o melhor disco de Thrash Metal do Brasil. Um disco conceitual, que contava a história de uma pessoas que estava prestes a ser enforcada. Foi um dos primeiros a ser lançado em CD .

A banda estava no auge, lotava clubes em todas as partes em que ia tocar. Desta vez, o som já nao era tão inibido. Todos os músicos se sobressairam neste disco, com destaque para Marcelo Diaz com uma criatividade fenomenal, e Christiano , que espancava a bateria. O vocal de Korg estava mais rouco e sombrio que nunca. Korg conseguiu aliar seus vocais agressivos às letras destrutivas. O interessante do disco é justamente a forma com que as melodias foram mescladas as letras. Existe um equilíbrio perfeito entre a melodia e a letra.

O lado Lírico do disco é marcado por letras depressivas e destrutivas, acompanhadas por uma fúria enlouquecedora. "Hell Where Angels Live...My Life is an Eternal Dark Room" é um exemplo claro. Mais uma vez, o vocalista "Korg" se mostra um compositor louvável. Os músicos da banda seguem a linha de riffs rápidos e violentos, uma bateria veloz e um baixo potente. Ouvir o The Hangman Tree é uma experiência única.

Após a explosão do disco The Hangman Tree, é anunciada a saída do vocalista Vladimir Korg. A banda se prepara para lançar o terciro disco, desta vez, com um lado industrial. O sucesso da banda se mantém, embora, da primeira vez, é difícil assimilar o som do novo disco, lançado em 1993, intitulado "Ashes to ashes...dust to dust".

Como já dito, neste disco nota-se uma forte infuencia de metal Industrial, com passagens eletyronicas, sintetizadores, etc....Sem os vocais de Korg, percebe-se grande diferença. O vocalista do disco era Marcelo Diaz, o baixista de sempre. Marcelo usou muitos efeitos na voz, e ao que parece, gravou com sobreposições de voz. Ashes to Ashes,Dust to Dust mantém o Thrash que consagrou o The Mist em músicas como "Cross Child", "Blind", entre outras, mas em algumas músicas a influência do industrial aparece com clareza, como no caso de "Disaster", e da fantástica "99 Dead (Wonderland)".

Sem dúvidas, um disco amado e odiado pelos fãs, mas, tecnicamente falando, trata-se de um disco excelente. Ainda podemos ouvir a bateria sendo espancada. O The Mist continua sendo o mesmo, apesar das drásticas mudanças.

Este era o título do ultimo disco do The Mist, lançado em 1995. Gottverlassen (alemão), traduzindo para português: Esquecidos Por Deus.

Logo na capa, percebe-se a diferença entre o novo e o velho The MisT. O logotipo já nao é o mesmo de antes, a capa demonstra raiva, e maturidade de uma banda já consagrada.

Desta vez, o industrial é mantido, mas com muito mais maturidade. Nao chega a ser experimental como o anterior, mas extremamente curioso. Os elementos Thrash aparecem mais no disco. Um dos atributos positivos deste disco é a produção exemplar. O disco foi muito bem produzido, a qualidade nas músicas reflete isto com clareza. Do ponto de vista da produção, é o melhor ; mas no decorrer do disco muitos elementos se diferem das características adotadas pela banda nos discos anteriores, embora os elementos Thrash Metal tenham sido utilizados, como riffs e bateria velozes. Gottverlassen é um disco extremamente curioso. Quanto a formaçao, Mantiveram-se Christiano (bateria) e Jairo(guitarra). O vocal ficou com Cassiano Gobbet, assim como o baixo. Já na turnê, o guitarrista Fabio Andrey foi convidado.

O fim da banda ocorreu algum tempo depois do lançamento de Gottverlassen, por volta do ano de 1997, sem um motivo aparente...deixando uma legião de fãs desolados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário